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No reino das coisas perdidas
tem brinquedo, guarda-chuva, livro...

E gente, será que tem?

 

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Desesquecida é uma narrativa leve e sensível que nos convida a acompanhar as reflexões de uma menina que, um dia, além das muitas coisas que já havia perdido, perde sua avó. É essa saudade, o medo de esquecer e de ser esquecido que nos leva a questionar, junto com ela, como a perda pode ser uma maneira de ressignificar as relações com aqueles que se foram e também conosco,

porque a gente só perde o que a gente esquece.

 

A história se divide em três partes: as lembranças das coisas perdidas, as histórias da avó e as memórias guardadas. Para cada uma delas, Lumina Pirilampus utilizou um estilo de ilustração, olha que lindo!

Dá para se perder em cada detalhe.  Nenhum elemento está ali por acaso!

Ah, e antes mesmo do lançamento, Desesquecida foi escolhido para integrar a seleção do Clube de Leitura Quindim, que tem grandes nomes da literatura infantil em sua equipe de curadoria!

  quem leu gostou  

"A estrutura do texto de Desesquecida reflete a forma de pensar e o ponto de vista infantil e, somado às lindas ilustrações, é possível ampliar seus significados sem cair no óbvio."

Aline Frederico, doutora em Literatura Infantil pela Universidade de Cambridge, professora da UFRJ e curadora do Clube de Leitura Quindim.

"As ilustrações de Desesquecida nos colocam num tempo suspenso, em contatocom algo que é intrínseco ao ser humano, esse lugar mágico da brincadeira, dainvencionice. E o que acho mais lindo é que todas essas cores, ainda que muitofelizes, também são melancólicas, agridoces – assim como a nossa memória. Talvez por isso façam com que todo mundo encontre ali, naqueles objetos perdidos pela personagem, os seus próprio objetos perdidos."

 Natália Gregorini, ilustradora finalista do Prêmio Jabuti..

"Para lembrar é preciso esquecer. Esse princípio filosófico bastante enigmáticoganha vida e cor no livro Desesquecida. Essa obra, cheia de segredos e de detalhes ilustrados e escritos de modo tão potente, nos lembra da singularidade que há em cada gesto, em cada ato que realizamos, mostrando quanto toda matéria que toca em nosso corpo de alguma forma fica pra sempre em nós."

Francielly Baliana,escritora, professora e pesquisadora

"Lembrei de tantas pessoas (e coisas) enquanto lia esse belo e sensível Desesquecida, da Suria...  Um gorro vermelho esquecido num banco da escola,  um livro, uma caneta de estimação, meus cachorros, meus pais. Mas como também não sou esquecida, fecho os olhos e os reencontro por aqui, na leitura desse livro."

Telma Guimarães, autora de mais de 200 livros infantis e juvenis publicados no Brasil e no exterior.

"Desesquecida faz poesia sobre as perdas e os esquecimentos. Com delicadeza, mostra que o movimento (dos passos de uma dança, de um rodopio ou de uma história) pode ser, então, aquilo que é necessário para que a gente se encontre e, assim, (re)encontre também tudo e todos que fizeram parte de nossas vidas."

Lúcia Nascimento, vencedora do Prêmio Ufes de literatura e mestrandaem Teoria Literária e Literatura Comparada na USP.

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  quem somos  

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suria scapin

Na minha cabeça nunca fez silêncio, mas demorei todos esses anos até ter coragem de mostrar um pouco dessa barulheira na forma de palavras, ditas ou escritas. Mas para mim, essas palavras nunca vinham sozinhas, elas sempre foram acompanhadas de cores, formas, sons. É essa combinação que me encanta e sempre encantou.
Desesquecida nasceu uma mistura de lembranças reais e inventadas que precisava de um mundo visual para acompanhar essa menina, que sou um pouco eu e é um pouco quem mais se identificar com ela. Foi assim que a Lumina Pirilampus entrou nessa história e na minha vida. A sintonia desde o primeiro contato, a força e a delicadeza de seu trabalho garantiram um resultado que é muito mais do que eu esperava e me fizeram ter a certeza de que esse mergulho nas lembranças tinha força para ganhar o mundo!

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lumina pirilampus

Sinto que criar imagens sempre foi um jeito mágico de contar, com cores e formas, o movimento inesperado que a vida pode ter. Achei graça nisso tudo ainda criança e sempre tive ao meu lado pessoas fortalecendo esse que é um saber vivo: como celebrar as palavras que moram em mim e em outras pessoas. Desesquecida é uma celebração! Que bonito foi usar meus materiais e minhas ferramentas, meu corpo, para redimensionar a memória a partir do afeto que mora nela. Garimpar cores e formas, investigar a capacidade do lápis e da tinta de se transformar em tempo, sentir-me pequenina diante de não saber como exprimir um sentimento, mesmo querendo muito... Experimentar dizer "saudade" com cores, entendê-la como um espaço por onde caminhar. Sempre em companhia e de mãos dadas com a Suria, que me trouxe pra dentro do livro. Acho que um livro como esse que fizemos funciona como um coração no corpo físico da gente.

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